Mês: outubro 2020

Como a mudança de hábitos pode prevenir a obesidade?

A obesidade é uma doença que faz parte da vida de quase 20% da população brasileira. Segundo dados da pesquisa da Vigitel divulgados pelo Ministério da Saúde, mais da metade da população adulta do nosso país está com excesso de peso. 

E no dia Nacional da Prevenção da Obesidade trazemos algumas orientações sobre como adotar hábitos mais saudáveis e evitar o excesso de peso que pode desencadear doenças. 

Geralmente a obesidade está relacionada com doenças como diabetes e hipertensão, já que ambas estão diretamente ligadas aos hábitos alimentares dos indivíduos. 

Como saber se estou obeso ou apenas acima do peso?

A obesidade é diagnosticada por meio do cálculo do IMC – Índice de Massa Corporal. Este índice é calculado da seguinte forma: divide-se o peso (em Kg) pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado. De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9 kg/m², o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9 kg/m², sobrepeso, e acima deste número, o indivíduo é considerado obeso

Além disso, com este resultado é possível classificar o grau de obesidade, que é divido em 3 classes:

Classe 1 – IMC 30 a 34,9kg/m² – obesidade leve

Classe 2 – IMC 35 a 39,9 kg/m² – obesidade moderada

Classe 3 – IMC  ≥ 40 kg/m² – obesidade mórbida

Implicações da obesidade

A obesidade é uma condição em que ocorre o acúmulo de gordura corporal excessivo ao ponto de afetar negativamente a saúde da pessoa. Geralmente a obesidade aumenta os riscos de aparecimento de problemas de saúde e, se não tratada, pode levar à morte. 

Este acúmulo de gordura subcutânea e visceral (ao redor dos órgãos) pode levar ao aparecimento de problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula.

Quais as causas?

Ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre a obesidade está somente associada à maus hábitos alimentares. Muitas pessoas sofrem de obesidade devido à predisposição genética e disfunções endócrinas, então, antes de iniciar qualquer tratamento para perda de peso é necessário procurar um médico. 

Hábitos como alimentação incorreta e sedentarismo também tem grande influência no aparecimento da obesidade. 

Quais os tipos de obesidade?

Homogênea: É quando a gordura está depositada tanto em membros superiores e inferiores quanto na região abdominal.

Andróide: É quando a gordura se acumula em formato de maçã, ou seja, na região abdominal e torácica, o que aumenta os riscos cardiovasculares.

Ginecóide: É quando a gordura se acumula em formato de pêra, na região inferior do corpo, se concentrando no bumbum, quadril e coxas. Este tipo de obesidade está associada a maior ocorrência de artrose e varizes.

Como combater a obesidade?

Apesar de sempre aparecer diversas técnicas e produtos “milagrosos” oferecendo emagrecimento rápido, a conta é sempre a mesma: você deve gastar mais calorias do que ingere. E para isso, é necessário planejamento, disciplina e dedicação. 

Nossa rotina nem sempre contribui para termos hábitos saudáveis ou tempo para atividades físicas. As refeições prontas, mais rápidas para consumir, são sempre calóricas e pouco nutritivas. 

Alimente-se melhor

Busque sempre se alimentar com legumes e verduras nas principais refeições do dia e tenha o hábito de consumir frutas. Também prefira alimentos integrais, que oferecem maior sensação de saciedade e ajudam no funcionamento do intestino.

Evite o consumo de alimentos industrializados, com alta concentração de açúcares, gorduras e sódio. Além disso, também opte por beber mais água ao invés de sucos de caixinha ou refrigerantes.

Uma boa alternativa é tentar fazer refeições menores fracionadas ao longo do dia para evitar fazer lanchinhos entre o almoço e jantar. O ideal é ter um acompanhamento de um nutricionista que montará um cardápio adequado às suas necessidades, levando em conta sua rotina e preferências alimentares.

Faça exercícios regularmente

Não adianta apenas comer bem, é necessário manter o corpo em movimento! Por isso, busque fazer alguma atividade física de maneira frequente. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é realizar 150 minutos por semana de atividade intensa ou moderada, ou seja, 50 minutinhos três vezes por semana.

Evite optar por esportes ou atividades que “estão na moda”. Escolha algo que você goste e tenha prazer de fazer, pois para conseguir constância na nossa rotina não podemos ter de fazer algo por “obrigação”. Se você não gosta de se exercitar sozinho, busque atividades físicas em grupo, pois treinar acompanhado pode ser uma motivação extra para manter a disciplina na  rotina. 

Cuidados e desafios com a saúde do idoso

Você sabia que 13% da população do Brasil tem 60 anos ou mais? O nosso país tem mais de 28 milhões de idosos e este número tende a dobrar na próxima década. Além de ser numerosa, esta população necessita de uma atenção especial dos familiares e pessoas próximas do seu círculo social.

Depois de diversos avanços da medicina, a expectativa de vida das pessoas tem aumentado, de maneira geral, em todo o mundo. No Brasil, a expectativa de vida é de 76 anos – 22 anos a mais do que há 60 anos atrás. 

Com o tempo, o processo de envelhecimento tem deixado de ser considerado como algo ruim e hoje é visto como uma fase da vida que pode ser muito bem aproveitada, com independência e alegria. Não é à toa que esta época ficou popularmente conhecida como “melhor idade”.

É imprescindível garantir uma boa qualidade de vida para os idosos e, para isso, é necessário se atentar a diversos fatores que englobam o bem estar da terceira idade como: participação social, atenção com a saúde, acompanhamento, alimentação adequada, exercícios físicos e prevenção de doenças e acidentes. Aproveitando o Dia Nacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro, confira algumas orientações sobre como garantir estas pessoas vivam melhor. 

Conscientização sobre o cuidado com a saúde

O primeiro passo – e talvez um dos mais importantes – é conscientizar a pessoa idosa sobre o autocuidado. Quem nunca viveu ou presenciou uma situação em que o um dos avós reclamou do excesso de atenção à sua saúde? Ou até mesmo se recusou a fazer algum tratamento médico por ceticismo ou teimosia?

Por isso, um dos maiores  desafios da saúde do idoso é alcançar um equilíbrio entre o  “autocuidado” – pessoas que cuidam de si mesmas – , apoio informal – quando recebem cuidados de familiares e de amigos – e cuidado formal – quando recebe cuidado de profissionais dos serviços social e de saúde.

Por isso, é muito necessário reforçar a importância do cuidado com a saúde para as pessoas de idade avançada. Além da conscientização, o ideal é sempre proporcionar apoio ao idoso quando ele apresenta dificuldades em conseguir cuidar de si mesmo. Manter a independência e a autonomia do idoso, mesmo de maneira parcial, também é muito importante, desde que seja acompanhada com atenção por pessoas mais jovens.

Saúde mental também não deve ser esquecida

Apesar de não ser muito debatido, é muito comum a ocorrência de depressão em idosos. Além desta doença, a falta de memória e demais doenças degenerativas mentais costumam ser muito frequentes na terceira idade. Por isso, é preciso se manter atento aos cuidados em saúde na idade avançada, para que seja possível ter mais qualidade de vida e se manter saudável e ativo. 

Exercícios físicos

Se manter ativo deve ser uma preocupação em todas as etapas da vida e não seria diferente na rotina dos idosos. O corpo precisa estar em constante movimento e manter uma frequência de atividades físicas pode contribuir para o aumento da imunidade, diminuição no risco de lesões, melhora a disposição e contribui para a socialização.

Entretanto, essas atividades devem ser adaptadas para cada pessoa, levando em conta seu histórico médico e precisam de supervisão de um profissional qualificado. O importante é manter a rotina ativa e escolher um esporte que a pessoa se identifique e se sinta bem. 

Ter uma vida ativa só traz benefícios! Diminui o risco de lesões graças ao ganho de massa muscular, ajuda na manutenção da densidade óssea, melhora na coordenação motora, mobilidade e equilíbrio. Além de também regular os níveis de colesterol bom e contribuir para o controle de pressão arterial.

Alimentação saudável

Com o avanço da idade as necessidades nutricionais do nosso organismo se alteram. Na terceira idade, o organismo apresenta dificuldades para absorção de alguns nutrientes e pode levar ao aparecimento de algumas doenças.

Nutrientes como cálcio, vitamina D, fibras, proteínas, vitamina B12 e zinco são essenciais  para a saúde do idoso e devem estar sempre presentes na dieta diária. Já alimentos com ingredientes refinados, como o açúcar e a farinha branca, com alto teor de gordura ou sódio dificultam a absorção de nutrientes pelo intestino, por isso, devem ser evitados. 

Uma outra dica é evitar o consumo de grandes quantidades de alimentos de uma única vez. O recomendado, é investir em uma alimentação fracionada, ou seja, se alimentar diversas vezes ao dia com pequenas quantidades, para não sobrecarregar o estômago.

Também é importante sempre manter os exames em dia para identificar possíveis deficiências de alguma vitamina ou nutriente. Caso isso ocorra, o ideal é optar por suplementos alimentares para suprir estas carências e equilibrar o organismo novamente. 

Vida social

Como dissemos anteriormente, é muito comum que idosos sofram com o aparecimento da depressão. Por isso, incentivar a participação social é um fator fundamental para garantir a qualidade de vida na terceira idade. Com a aposentadoria, os idosos perdem boa parte da sua interação social e tendem a ficar reclusos e deprimidos. 

Para superar este cenário é preciso oferecer novas possibilidades como participação de atividades, buscar aprender uma nova habilidade em equipe, colaborar com projetos sociais, enfim, encontrar alguma atividade para manter suas relações interpessoais e ter um novo hobbie. 

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