Mês: agosto 2020

Tudo o que você precisa saber sobre amamentação

A amamentação é uma fase muito especial na vida das mães, pois além de fornecer um alimento rico em nutrientes essenciais para o seu desenvolvimento, também é um momento de conexão emocional com o bebê.

Entretanto a amamentação pode também ser um período de muitas dúvidas, principalmente para as mães de primeira viagem. É preciso controlar o tempo de cada mamada ou esperar o bebê chorar? O leite muda conforme o tempo? Tire as suas dúvidas conferindo nossas dicas.

Benefícios

Segundo a Organização Mundial de Saúde – OMS e o Ministério da Saúde, o indicado é que os bebês se alimentem exclusivamente do leite materno durante os seis primeiros meses de vida e de maneira complementada até os dois anos de idade. Ou seja, mesmo que a mãe opte por inserir outros alimentos na dieta do bebê, é indicado para a saúde da criança que ela continue se alimentando também com leite materno neste período. 

O aleitamento materno pode oferecer inúmeros benefícios tanto para a saúde do bebê quanto da mãe. Como por exemplo:

  • Fortalece os laços afetivos entre mãe e o bebê
  • Favorecer o sistema imunológico e a composição da flora intestinal do bebê
  • Diminui os riscos de infecções no bebê
  • Ajuda a evitar ou diminuir a incidência de cólicas intestinais no recém-nascido
  • Estimula o desenvolvimento físico e mental do bebê
  • Evita infecção respiratória
  • Diminui o risco de alergias
  • Atua na prevenção de hemorragia materna no pós-parto
  • Reduz o risco da mãe desenvolver alguma doença cardíaca e diabetes tipo 2
  • Reduz o risco da mãe desenvolver alguns tipos de câncer, como o de mama, ovário e útero.

Tipos de leite

Muitas mães, principalmente as de primeira viagem, não sabem que a produção de leite passa por três fases diferentes. E por isso, muitas mulheres podem se questionar se o seu leite “está muito fraco” ou se ele realmente está nutrindo adequadamente o bebê. Mas não se preocupe, é normal que durante os primeiros quinze dias após o parto, o leite materno apresente uma coloração mais clarinha e depois engrosse sua espessura. Veja a seguir as três fases do leite materno.

  1. Colostro

O colostro começa a ser produzido pela mãe durante o último trimestre da gravidez. Ele pode ter um aspecto amarelado ou esbranquiçado e mais aguado. Este líquido é salgado por ter potássio e sódio em sua composição e é rico em proteínas e agentes de defesa do organismo, como leucócitos e imunoglobulinas. O colostro pode apresentar um aspecto não tão bonito quanto o leite, mas ele é essencial para deixar seu bebê mais forte.

  1. Leite anterior ou Leite de transição

O leite de transição também apresenta um aspecto mais fino, mas também não é motivo de preocupação. Seu aspecto ralo é normal devido sua riqueza em água, pois este é seu objetivo, hidratar o bebê. É muito comum que neste período as mães recorram à fórmulas lácteas para complementar a alimentação do bebê, mas o indicado é que o bebê se alimente somente o leite, a não ser por orientação médica.

Em comparação ao colostro, o leite de transição tem uma maior concentração de gordura, além de mais lactose, um tipo de açúcar natural, que fornece mais energia para o bebê.

  1. Leite maduro

Durante o fim do primeiro mês de amamentação, o leite já passou por todo o seu período de transição e chega à sua forma madura. Isso quer dizer que o leite já está em seu estado ideal para manter seu bebê em crescimento. A composição do leite não irá alterar mesmo que a mãe continue a amamentar durante alguns meses ou até por mais tempo.

Técnica de amamentação

Apesar de a sucção do bebê ser um ato instintivo, ele precisa aprender a retirar o

leite do peito de forma adequada. Quando o bebê consegue pegar a mama de maneira correta, acontece um encaixe perfeito entre a boca e a mama e garante a formação do vácuo, assim fazendo com que ele se alimente de maneira segura.

A maneira como a mãe e o bebê se posicionam durante a amamentação são muito importantes para que o recém-nascido consiga fazer a sucção correta e também não machuque os mamilos da mãe.

Uma posição inadequada, tanto da mãe quanto do bebê,  dificulta o posicionamento correto da boca do bebê em relação ao mamilo e à aréola, o que pode resultar na “má pega”. A má pega dificulta o esvaziamento da mama, o que leva a uma diminuição da produção do leite.

Como saber se a pega está correta? A boca do bebê deve ficar bem aberta e cobrir completamente a aréola. E para ajudá-lo, você pode segurar a ponta do seio e inserir bastante dentro da boca dele, direcionando o mamilo ao céu da boca.

Cuidados com os seios 

Os seios da mãe devem estar sempre limpos para evitar qualquer contaminação para o bebê, mas não é necessário lavar a mama antes de amamentar. Para a higiene dos seios é recomendado lavar somente com água morna durante o banho. Evite utilizar muito sabonete pois ele pode remover a lubrificação natural da pele e provocar ressecamento, o que contribui com a irritação do mamilo. Evite também esfregar muito com a toalha, prefira secar ao natural. 

O leite fresco pode ajudar a cicatrizar os mamilos machucados, por isso tente massageá-los com algumas gotas antes e depois de amamentar. O ideal é mudar os protetores de seios com frequência se ficarem muito úmidos, para reduzir o risco de infeções bacterianas ou fúngicas.

Outros alimentos durante a amamentação

Muitas mães têm dúvidas se devem ou não inserir novos alimentos para o bebê logo nos primeiros meses de vida. A Organização Mundial de Saúde afirma que não há vantagens em oferecer alimentos complementares antes dos seis meses, e pode, inclusive, trazer prejuízos à saúde do bebê. A OMS lista alguns perigos ao oferecer outros alimentos para a criança antes dos seis meses:

  • Aumento de chances de episódios de diarréia
  • Chances de hospitalizações por doenças respiratórias
  • Risco de desnutrição caso os alimentos forem nutricionalmente inferiores ao leite materno 
  • Menor absorção de nutrientes do leite materno como ferro e zinco
  • Menor duração do aleitamento materno.

Após o segundo ano de vida o leite materno continua sendo importante fonte de

nutrientes. O alimento é rico em vitaminas C e A e pode oferecer até um terço das proteínas necessárias para a criança. Além disso, o leite materno continua protegendo contra doenças infecciosas.

Qual a frequência ideal das mamadas?

Esta é uma pergunta que divide opiniões no mundo materno. Mas não é necessário se preocupar porque não existe certo ou errado sobre a amamentação. É importante que cada mãe entenda o que funciona melhor para ela e para o seu bebê. 

Livre demanda

A amamentação em livre demanda é quando a mãe oferece o leite ao bebê sempre quando ele estiver fome. A mãe não fica esperando o bebê chorar, pois com o tempo ela consegue reconhecer quando ele está com fome, seja porque ele fica mais agitado ou porque faz movimentos de sucção com a boca procurando o seio. 

Muitos médicos recomendam que as mães amamentem por livre demanda, pois neste modelo é possível prevenir o ingurgitamento – que é o acúmulo de leite nas mamas.

Entretanto, a livre demanda afeta bastante a rotina da mãe já que ela fica em função do bebê durante todo o dia e à noite.

Controle das mamadas

Muitas mães optam por ter o controle das mamadas durante o dia. Elas oferecem o seio para o bebê a cada 3 horas ou a cada 2 horas e meia, estabelecendo uma rotina de alimentação. 

Ao optar por este modelo, é preciso ter bastante cuidado, já que cada organismo pode reagir de maneira diferente. Pode ser que o bebê não se adapte aos horários e fique com fome neste meio tempo.

Alimentação durante a gravidez

A alimentação é um dos fatores essenciais para manter a boa saúde da mãe e, consequentemente, do bebê. Entretanto se alimentar durante o período de gravidez pode ser uma tarefa nada fácil devido aos enjoos que as futuras mamães possam apresentar. Mesmo com essas dificuldades, é muito importante que você tenha uma rotina de alimentação balanceada e busque sempre se hidratar corretamente.

A alimentação materna é uma peça chave para garantir o bom desenvolvimento do bebê, já que todos os nutrientes são transferidos para ele através da placenta na gestação. Além disso, o bebê depende da dieta balanceada da mãe para conseguir desenvolver seu sistema metabólico corretamente. Neste período ele tem suas glândulas estimuladas para produção do hormônio do crescimento e da insulina. 

A grávida come por dois?

Apesar de ser uma crença que vem de gerações, a ideia de que a grávida deve se alimentar em grandes quantidades é um mito. Os especialistas afirmam que a mãe deve comer um pouco mais do que o habitual, mas ela deve se preocupar mais com a qualidade da sua alimentação do que a quantidade de comida. 

Durante a gravidez é muito comum que a mãe sofra com a retenção de líquidos. Então, a mulher ganha alguns quilinhos a mais na balança, mas isso não significa que ela necessariamente engordou muito neste período. 

Também é muito comum que a mulher ganhe um pouco de gordura durante a gestação, já que o corpo precisa de uma reserva extra de energia devido ao desenvolvimento do bebê. A fome da mãe também é alterada durante a gravidez, pois com o aumento de gasto de energia, o corpo naturalmente sente mais necessidade de ingerir mais alimentos. 

O que comer?

Existem alguns alimentos que são indispensáveis na rotina alimentar das futuras mamães. Confira a seguir:

Ácido fólico

Um dos principais itens essenciais na alimentação das grávidas é o ácido fólico. Esta vitamina é muito importante, principalmente nos meses iniciais da gestação, já que ela ajuda na formação do tubo neural do bebê. Ele é a base para a medula espinhal e da formação cerebral da criança. O ácido fólico pode ser encontrado na gema de ovo, fígado bovino e também em vegetais de tons verde escuros.

Ferro

Outro elemento que não pode faltar durante a gestação é o ferro. O ferro é muito importante para que a mãe não tenha problemas com anemia, já que grande parte dos seus nutrientes vão para o bebê. Ele pode ser encontrado geralmente no feijão e carne vermelha. Caso você opte por uma alimentação vegana, consulte um médico para que ele possa avaliar a necessidade de suplementação de ferro neste período. 

Vitamina C

Uma boa opção é consumir vitamina C junto com os alimentos ricos em ferro para garantir que a sua absorção seja mais eficiente. Então, não se esqueça de adicionar frutas cítricas à sua dieta, além de brócolis, repolho e couve-flor. 

Cálcio

E em relação ao cálcio, opte por ingerir leite e derivados. Você pode encontrar uma boa fonte de cálcio também na soja, feijão branco, folhas escuras, chia e grão de bico. 

Alimentos de saciedade

No trimestre final da gravidez é muito comum que a fome aumente. Então, neste período, fique atenta para não cair em tentações e comer tudo o que ver pela frente! Procure inserir alimentos que ajudem a dar mais sensação de saciedade na sua alimentação. Boas opções são: batata-doce, ovos, leguminosas, aveia, peixes e frutas. 

Água, muita água

Outro fator muito importante é a hidratação. Se você não tem o hábito de beber muita água, tente criar uma rotina de hidratação, com o auxílio de chás ou águas saborizadas. Estar hidratada é essencial para reduzir o desconforto do inchaço. 

Fibras

Algo muito comum na rotina das gestantes é a prisão de ventre. Então fique atenta à quantidade de fibra da sua alimentação. As fibras podem ser encontradas em cereais integrais e leguminosas como feijão, ervilha e grão de bico. Ajude seu intestino e consuma sempre a quantidade fibra recomendada e não descuide da água!

Mudanças no corpo durante a gravidez

O período da gestação é um momento mágico na vida da mulher. São inúmeras mudanças, emoções e muitas informações para assimilar. Principalmente se você está encarando a gravidez pela primeira vez, é normal estar cheia de dúvidas sobre o que esperar. Por isso, separamos alguns dos questionamentos mais comuns para que você entenda todas as fases as quais vai passar.

Mudanças hormonais

É muito comum, principalmente no início da gravidez, sentir os seios sensíveis, dores de cabeça, calor e os famosos enjoos. Seu corpo começa a passar por uma transformação para se tornar o ambiente ideal para o desenvolvimento de uma nova vida. Mas quais são esses hormônios e como eles afetam a vida da mulher?

  • Progesterona: o aumento do nível deste hormônio acontece para preparar o útero para receber o óvulo. Ele é muito importante na fase inicial da gravidez, entretanto, a progesterona deixa a digestão mais lenta e é responsável pelos enjoos. Além disso, a progesterona é responsável pelo cansaço excessivo e pode deixar as gestantes irritadas e ansiosas.
  • Estrogênio: esse hormônio tem a função de melhorar a dilatação dos vasos sanguíneos para acomodar o grande volume de sangue no corpo. Ele também é responsável pelo aumento dos seios, deixando-os mais doloridos e até mesmo com uma sensação de formigamento. O estrogênio também está ligado ao aumento da libido.
  • PRL e HPL: A prolactina (PRL) e o hormônio lactogênico placentário (HPL) são liberados pela placenta e tem o objetivo de estimular a produção de leite materno. Eles começam a agir a partir do sexto mês de gravidez, o que pode fazer com que a grávida tenha alguns escapes de leite ainda durante a gestação. Especialistas afirmam que o aumento nos níveis de prolactina pode estar relacionado à diminuição da libido.

O aumento da barriga

Uma das principais mudanças no corpo da mulher é o aumento do útero. O órgão que costuma ter por volta de 6 cm pode chegar até 40 cm e se tornar o local ideal para o desenvolvimento do bebê. E conforme o útero vai crescendo, os órgãos da mulher vão se ajustando e se adaptam em novas posições. 

Devido a essa compressão dos órgãos que diversas grávidas podem sentir falta de ar nos meses finais da gestação, já que seus pulmões e diafragma ficam apertados. Além disso, o corpo da mãe dará origem a um novo órgão: a placenta. Ela será responsável por levar os nutrientes e oxigênio para o bebê durante todo o período gestacional. 

Seios

Outra grande mudança no corpo da mulher durante a gravidez são os seios. Inclusive, um dos primeiros sintomas que a futura mãe deve sentir durante a gestação é a sensibilidade nos seios logo nas semanas iniciais. 

É comum que os seios aumentem até dois números até o final da gestação. Além disso,os mamilos podem ficar maiores e mais escuros, mas não se preocupe, isso ocorre devido aos níveis de estrogênio do corpo.

Constipação

É muito comum que o intestino das grávidas funcione mais lentamente e ocorra prisão de ventre desde o início da gestação. Neste período também é comum a retenção de líquido, acúmulo de gases e uma sensação de inchaço na barriga. Por isso, é importante não descuidar da alimentação durante a gravidez para facilitar as coisas para o seu corpo.

Azia

O desconforto estomacal costuma aparecer no meio da gravidez e pode piorar com o avanço para os meses finais, já que o estômago fica muito comprimido devido ao tamanho do útero e atrapalha a digestão.

Xixi

Devido à pressão do útero sobre a bexiga e o grande volume de sangue durante a gestação, é muito comum sentir vontade de fazer xixi durante todo o dia (e inclusive à noite também).

Coluna

As dores na coluna são muito comuns, pois com o aumento do peso da barriga, a postura da grávida se altera para evitar danos na lombar. Principalmente a partir do terceiro trimestre, a curvatura acima do bumbum fica bem mais acentuada e pode dar dor nas costas.

Qual o tempo ideal de amamentação?

A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês sejam alimentados exclusivamente por amamentação durante os seis primeiros meses de vida. Após o primeiro semestre, o Ministério da Saúde recomenda que o leite materno continue sendo oferecido juntamente com alimentos complementares. 

Muitos especialistas afirmam que o ideal é que a criança continue sendo amamentada até os 2 anos de idade. Entretanto, ao introduzir novos alimentos na rotina do bebê, acontece uma diminuição gradual das mamadas, fazendo com que aconteça o desmame.

Qual a duração de cada mamada?

Vale lembrar que para a amamentação não existe uma regra. Cada criança possui seus hábitos e as mães vão se acostumando com o tempo. Existem bebês que mamam por dez minutos em cada peito e se sentem satisfeitos, mas este tempo pode variar.  

Outro ponto importante é levar em consideração o tempo entre cada amamentação. Muitas mães optam pela livre demanda, ou seja, esperam o bebê sentir vontade de mamar. Já outras mães estabelecem uma rotina de amamentação por intervalos de 2 horas e meia a 3 horas. O importante é entender qual a melhor forma que o bebê a mãe se adaptam.

Como saber se o bebê ainda está com fome?

É muito importante estar atenta se o ganho de peso do bebê está dentro do esperado. Por isso, o acompanhamento médico é essencial neste período para se certificar de que tudo está correto. Com o tempo, a mãe consegue identificar se o bebê está satisfeito após as mamadas, pois ele deve se mostrar tranquilo e calmo. 

Como inserir novos alimentos na rotina do bebê?

Lembrando que seu bebê não deve ingerir novos alimentos nos seis primeiros meses de vida. Não dê água, chás ou outros líquidos para o recém-nascido! O leite materno contém todos os nutrientes necessários para hidratá-lo e nutrí-lo neste período inicial. 

A partir do sexto mês a mãe pode oferecer papinhas e sopas com vegetais batidos com consistência pastosa e sucos naturais sem açúcar. Para adaptar o bebê à esta nova rotina o ideal é alternar os horários da amamentação com a ingestão de outros alimentos até que a criança se acostume.

Após o sétimo mês o bebê pode começar a comer iogurte natural sem açúcar, biscoitos e mingaus de arroz, milho, aveia entre outros.

Quais alimentos evitar?

Principalmente entre o quarto e sexto mês o indicado é evitar alimentos alergênicos como amendoim, peixe ou ovo. Esta orientação vale principalmente se existe histórico de alergia alimentar na família e o indicado é sempre buscar orientações de um pediatra.

Outros alimentos que devem ser evitados no primeiro ano de vida são aqueles que podem causar engasgamento como uvas, pipoca, carne dura, balas, chicletes, salsichas e frutos secos, por exemplo. 

Para introduzir novos alimentos na rotina do bebê é necessário fazer isso com um alimento por vez e aguardar um intervalo de alguns dias. Pois assim será possível notar qualquer alergia, vômito ou diarreia, que mostram a intolerância do bebê ao alimento.  

Outros itens que você deve evitar oferecer para o bebê são alimentos açucarados, ultraprocessados, alimentos fritos, refrigerantes e molhos muito condimentados antes do primeiro ano de idade. Estes alimentos podem trazer muitos prejuízos para a saúde do bebê. O indicado é buscar alimentos naturais, sem adição de açúcares, sal ou temperos. 

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