A obesidade é uma doença que faz parte da vida de quase 20% da população brasileira. Segundo dados da pesquisa da Vigitel divulgados pelo Ministério da Saúde, mais da metade da população adulta do nosso país está com excesso de peso.
E no dia Nacional da Prevenção da Obesidade trazemos algumas orientações sobre como adotar hábitos mais saudáveis e evitar o excesso de peso que pode desencadear doenças.
Geralmente a obesidade está relacionada com doenças como diabetes e hipertensão, já que ambas estão diretamente ligadas aos hábitos alimentares dos indivíduos.
Como saber se estou obeso ou apenas acima do peso?
A obesidade é diagnosticada por meio do cálculo do IMC – Índice de Massa Corporal. Este índice é calculado da seguinte forma: divide-se o peso (em Kg) pela sua altura (em metros) elevada ao quadrado. De acordo com a OMS – Organização Mundial da Saúde, quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9 kg/m², o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9 kg/m², sobrepeso, e acima deste número, o indivíduo é considerado obeso
Além disso, com este resultado é possível classificar o grau de obesidade, que é divido em 3 classes:
Classe 1 – IMC 30 a 34,9kg/m² – obesidade leve
Classe 2 – IMC 35 a 39,9 kg/m² – obesidade moderada
Classe 3 – IMC ≥ 40 kg/m² – obesidade mórbida
Implicações da obesidade
A obesidade é uma condição em que ocorre o acúmulo de gordura corporal excessivo ao ponto de afetar negativamente a saúde da pessoa. Geralmente a obesidade aumenta os riscos de aparecimento de problemas de saúde e, se não tratada, pode levar à morte.
Este acúmulo de gordura subcutânea e visceral (ao redor dos órgãos) pode levar ao aparecimento de problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula.
Quais as causas?
Ao contrário do que muita gente pensa, nem sempre a obesidade está somente associada à maus hábitos alimentares. Muitas pessoas sofrem de obesidade devido à predisposição genética e disfunções endócrinas, então, antes de iniciar qualquer tratamento para perda de peso é necessário procurar um médico.
Hábitos como alimentação incorreta e sedentarismo também tem grande influência no aparecimento da obesidade.
Quais os tipos de obesidade?
Homogênea: É quando a gordura está depositada tanto em membros superiores e inferiores quanto na região abdominal.
Andróide: É quando a gordura se acumula em formato de maçã, ou seja, na região abdominal e torácica, o que aumenta os riscos cardiovasculares.
Ginecóide: É quando a gordura se acumula em formato de pêra, na região inferior do corpo, se concentrando no bumbum, quadril e coxas. Este tipo de obesidade está associada a maior ocorrência de artrose e varizes.
Como combater a obesidade?
Apesar de sempre aparecer diversas técnicas e produtos “milagrosos” oferecendo emagrecimento rápido, a conta é sempre a mesma: você deve gastar mais calorias do que ingere. E para isso, é necessário planejamento, disciplina e dedicação.
Nossa rotina nem sempre contribui para termos hábitos saudáveis ou tempo para atividades físicas. As refeições prontas, mais rápidas para consumir, são sempre calóricas e pouco nutritivas.
Alimente-se melhor
Busque sempre se alimentar com legumes e verduras nas principais refeições do dia e tenha o hábito de consumir frutas. Também prefira alimentos integrais, que oferecem maior sensação de saciedade e ajudam no funcionamento do intestino.
Evite o consumo de alimentos industrializados, com alta concentração de açúcares, gorduras e sódio. Além disso, também opte por beber mais água ao invés de sucos de caixinha ou refrigerantes.
Uma boa alternativa é tentar fazer refeições menores fracionadas ao longo do dia para evitar fazer lanchinhos entre o almoço e jantar. O ideal é ter um acompanhamento de um nutricionista que montará um cardápio adequado às suas necessidades, levando em conta sua rotina e preferências alimentares.
Faça exercícios regularmente
Não adianta apenas comer bem, é necessário manter o corpo em movimento! Por isso, busque fazer alguma atividade física de maneira frequente. A recomendação da Organização Mundial de Saúde é realizar 150 minutos por semana de atividade intensa ou moderada, ou seja, 50 minutinhos três vezes por semana.
Evite optar por esportes ou atividades que “estão na moda”. Escolha algo que você goste e tenha prazer de fazer, pois para conseguir constância na nossa rotina não podemos ter de fazer algo por “obrigação”. Se você não gosta de se exercitar sozinho, busque atividades físicas em grupo, pois treinar acompanhado pode ser uma motivação extra para manter a disciplina na rotina.