Tudo o que você precisa saber sobre doação de órgãos

Este mês também possui a campanha do Setembro Verde que tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. Você sabia que somente no primeiro trimestre de 2019, haviam 7.974 novos pacientes na lista de espera por uma doação no Brasil? E desses, 806 faleceram esperando. São números preocupantes para o cenário da saúde no país, pois apenas com a educação e informação da população é possível superar este problema.

Infelizmente as filas de espera por um novo órgão são longas e o número de doações ainda é muito menor do que a demanda. Mas há muitos trabalhos importantes sendo feitos, beneficiando várias pessoas que necessitam de um novo órgão para viver.

Porque as pessoas não doam órgãos?

Primeiramente o desconhecimento é a principal causa do pequeno número de doações. A grande maioria das pessoas não tem informações suficientes sobre como funciona o processo de doação e o quanto esta atitude pode salvar a vida de muitas pessoas.

É muito comum que as pessoas tenham resistência, ou até mesmo medo, de conversar a respeito sobre morte. E este tabu é um grande impedimento para discutir melhor à respeito sobre a doação de órgãos. Se as pessoas soubessem quantas vidas poderiam ser salvas, certamente o número de doadores seria maior e a fila menos extensa. 

Outro fator importante é a resistência dos familiares em autorizar a doação. Às vezes o motivo pode ser relacionado à crenças, religião ou até mesmo o desconhecimento sobre o tema. Muitas pessoas temem que o corpo do seu ente sofra deformações com a retirada do órgão e atrapalhe a última homenagem à pessoa.

Por isso, é importante lembrar que o corpo do doador não fica visualmente afetado. Os médicos geralmente colocam próteses no lugar dos órgãos doados para que o corpo não seja prejudicado durante o velório. 

Quantas vidas podem ser salvas?

Não existe um número exato, pois cada situação é muito particular, mas geralmente uma única pessoa pode salvar até 15 vidas. Os órgãos que são comumente transplantados são rins, pulmões, fígado, pâncreas, coração e córneas. Mas também é possível, em alguns casos, transplantar intestino, bexiga e uretra.

A pele costuma ser doada para tratar vítimas de graves queimaduras e os ossos podem virar enxertos para próteses. Mesmo depois de autorizada a doação, a equipe médica precisa correr contra o tempo, pois o período que o órgão pode ser utilizado para o transplante é muito curto. Veja alguns exemplos:

  • coração: 4 horas;
  • rim: 48 horas;
  • fígado: 12 horas;
  • pulmão: 4 a 6 horas;
  • pâncreas: 12 horas.

As equipes médicas precisam mobilizar uma grande quantidade de serviços para que as doações sejam realizadas com sucesso.

Como funciona a doação?

Após a confirmação de óbito, a família precisa autorizar a doação, mesmo que o indivíduo tenha manifestado a intenção de doar ainda em vida. Após o processo burocrático, o hospital notifica a central de transplantes de cada estado para que ela possa buscar receptores compatíveis. 

São muitos fatores envolvidos na recepção de órgãos, pois é necessário considerar tipo sanguíneo, peso, idade e viabilidade da doação. São realizados diversos exames para garantir que não haverá rejeição do organismo do receptor ao novo órgão.

Quem pode doar?

Existem dois tipos de doadores: doador em vida e doador falecido. No primeiro caso, a doação pode ser feita apenas entre pessoas da mesma família, devido às chances de compatibilidade e envolvem transplante renal. Também existe a opção do transplante de medula óssea em que os doadores são cadastrados no REDOME e são anônimos. O anonimato existe para qualquer possível favorecimento na fila do transplante e o processo seja justo.

E também há os casos de doadores falecidos, que são geralmente vítimas de traumas que ocasionam morte encefálica.Por isso, é muito importante que os familiares estejam cientes da vontade do doador em ceder seus órgãos. 

O Governo Federal possui a campanha #AVidaContinua que tem o intuito de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos. 

Aceitar a doação de órgãos de um ente querido é uma decisão que salva muitas vidas, por isso, é extremamente importante alertar a população sobre este gesto de solidariedade. Avise sua família sobre o desejo de ser um doador de órgãos e ajude a mudar a vida de outras pessoas!

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